terça-feira, 25 de novembro de 2008

Saudade, câncer que me come o peito...

saudade, câncer que me come o peito,
chaga que mutila o coração
e os meus olhos que procuram sem jeito
enxergar a cor do som.

corre nas veias esse fogo líquido,
os olhos submersos na melodia.
quem sabe a solidão tenha um descuido
e a noite não acabe como todo dia

a mesa vazia,
dois copos e um cinzeiro
como companhia.

qual dos dois bebo primeiro:
a cicuta com gelo
ou o outro, vazio e belo?

Nenhum comentário: