sexta-feira, 26 de setembro de 2008

E se amar fosse amarelo?

E se amar fosse amarelo
terias olhos azuis?
Seria outro teu apelo
com a benção de outra luz?

E se o som do violoncelo
outro fosse que não rouco,
mas ainda grave e singelo,
não seria amado tampouco?

Se à noite outra me seduz,
posso amá-la, mesmo pouco,
e sabendo o que se reduz
não me ver como um louco?

Bem pouco pode-se dizer
sobre o misterioso querer!


GRU/SAO jul 08