quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cicuta, cianureto e outros venenos.

Pai, afasta de mim esse cálice
pois é veneno, e dele não beberei.
Se fiz o que tú querias,
por que me recompensas assim?
Não apresentei a estupidez
dos teus ridiculos pensamentos
para que da praça fosses bobo,
então porque devo beber?
Não meti o nariz
em assuntos doutrem,
não vejo por que então
são meus pulmões
que devam queimar.
Se nada fiz de errado
por que devo do lenho pender?
Sou inocente dos crimes
que me imputam,
mas ainda assim devo pagar,
a taça até a borda devo beber.
Devo me entregar às reminiscências,
escrever os versos mais tristes,
e esperar o vinho amargo me levar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não quero comentar esse poema apenas. Busco com minhas humildes palavras parabenizá-lo por seus versos taõ singelos, que tocam o coração e desmancham a alma.Quem dera eu, por um dia sequer, ter um pouco de seu talento, porque com músicas e poesia se vê a vida de outro jeito...
Só quem escreve ou compõe pode compreender o que minhas palavras significam......
Amei seu blog...
Giulia.