quarta-feira, 8 de abril de 2009

Polaróides e Daguerreótipos *

Eis as coisas doces e as revoltas
o sal da terra, as trevas e a luz.
Eis aqui entrego a essência...
Pequenos pictogramas coloridos
seriam se outrora houvesse vivido,
mas tudo que amo está no belo,
no belo luz e no belo escuridão
e porque vivo no momento o agora,
então são pequenos fotogramas,
de ontem e hoje, de agora e sempre.
São polaróides e daguerreótipos,
registros ainda mornos do esquecimento,
velhos papéis rasgados, queimados em sépia
instantâneas impressões da beleza da luz.
São o que são porque penso.
Porque penso, sinto, vivo, existo.
Porque amo, porque odeio,
são o sal da minha carne
e eu os entrego, aqui estão...


*nota: poema escrito como apresentação para minha coletânea de poemas do mesmo nome (não publicada)

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