eu passo os dedos
nas dobras do papel
eu acaricio as fibras
que suportam a cor
branca da celulose
nela eu apago a dor
rimo esperançoso
o amarelo com o apelo
do lamento rouco
de um violoncelo
mas por mais tente
não consigo prender
o sabor castanho
dos teus infantis
olhos escuros
eu passo os dedos
nas bordas do papel
buscando um verso
para aprisioná-lo
em fibras brancas.
(são paulo, 19/07/08)
domingo, 20 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário