Sou aquele que tudo vê
assisto impávido o passado
e insurpreso o futuro.
Nada pode acontecer
que me surprenda,
dado o fato de que tudo vi.
Do primeiro amor
só ficam lembranças,
pois nem o pó existe mais.
A lembrança do beijo
esquece a do adeus
e todos os amores depois.
Nada ficou apenas pó,
envelhecido e desgastado.
Já não amo mais,
me esqueci do sentir.
Arrasto os pés ao caminhar,
traçando estelas na areia fina
que a brisa suave apaga depois.
As vezes piso um pedregulho,
resto humilde de um arranha-céu.
O tomo entre meus dedos
e o sinto desfazer-se
em minusculos grãos de areia.
O sol apagado no horizonte,
conta séculos de escuridão,
enquanto as estrelas
testemunham silenciosas
a quietude do esquecimento.
Eu sou aquele que tudo vê.
sp, 15/12/08
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Senhora
Ela se multiplica,
esta em todo lugar
espia pela sacada
e descansa no corredor.
Passeia pelas salas
e aguarda impaciente
alguém que venha conversar.
Espreita pelos cantos,
vigia entradas e saídas
procurando suas vítimas,
para as arrebatar do caminho.
E quando algum infeliz
se deixa por ela agarrar,
apenas lamentos ecoam no vazio.
Sampa, 15/12/08
esta em todo lugar
espia pela sacada
e descansa no corredor.
Passeia pelas salas
e aguarda impaciente
alguém que venha conversar.
Espreita pelos cantos,
vigia entradas e saídas
procurando suas vítimas,
para as arrebatar do caminho.
E quando algum infeliz
se deixa por ela agarrar,
apenas lamentos ecoam no vazio.
Sampa, 15/12/08
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
O beijo
A luz se espraiou suavemente,
deitando suas ondas brancas,
espuma salina da vida nova,
sobre as delicadas petálas.
O sol ergueu seus olhos, curioso
por ver o pequeno milagre matutino,
e o calor molhou o vale fértil,
preparando a terra para a chuva.
A terra estremeceu as raizes,
forçando a seiva com ternura,
espalhando pelo talo desnudo
a centelha da dádiva matinal.
O pássaro flutuou por instantes,
e o orvalho sorriu para sempre.
são paulo, 10/12/08
deitando suas ondas brancas,
espuma salina da vida nova,
sobre as delicadas petálas.
O sol ergueu seus olhos, curioso
por ver o pequeno milagre matutino,
e o calor molhou o vale fértil,
preparando a terra para a chuva.
A terra estremeceu as raizes,
forçando a seiva com ternura,
espalhando pelo talo desnudo
a centelha da dádiva matinal.
O pássaro flutuou por instantes,
e o orvalho sorriu para sempre.
são paulo, 10/12/08
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
TEARS FOR FEARS - HEAD OVER HEELS
I wanted to be with you alone
And talk about the weather
But traditions I can trace against the child in your face
Wont escape my attention
You keep your distance with a system of touch
And gentle persuasion
Im lost in admiration could I need you this much
Oh, youre wasting my time
Youre just wasting time
Something happens and Im head over heels
I never find out till Im head over heels
Something happens and Im head over heels
Ah dont take my heart
Dont break my heart
Dont throw it away
I made a fire and watching burn
Thought of your future
With one foot in the past now just how long will it last
No no no have you no ambition
My mother and my brothers used to breathe in clean in air
And dreaming Im a doctor
Its hard to be a man when theres a gun in your hand
Oh I feel so...
Something happens and Im head over heels
And this my four leaf clover
Im on the line, one open mind
This is my four leaf clover
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Sombras
Eu me escondo nas sombras
onde nasci e cresci.
Eu me escondo nas sombras
onde a luz não me cega.
E espero teus passos
te trazerem até mim...
Ansioso aguardo teus passos,
tranqüilos e despreocupados.
Logo estarás aqui,
e pras sombras te arrastarei.
Como a boa espera sua presa,
eu continuo a te esperar.
Meu coração galopa suavemente,
antevendo as delícias
que encontrarei
perdidas no teu seio
como água fresca
no vale das sombras da morte.
Teus passos se aproximam
e com eles tua carne
e teus prazeres...
Minha boca saliva,
com a sensação iminente
do tesouro maior.
Haverá luta, inútil,
prazeirosa como a caça,
Gritarás gritos surdos,
perdidos como teu desespero
enquanto me banqueteio
com o que sobrar do teu medo.
onde nasci e cresci.
Eu me escondo nas sombras
onde a luz não me cega.
E espero teus passos
te trazerem até mim...
Ansioso aguardo teus passos,
tranqüilos e despreocupados.
Logo estarás aqui,
e pras sombras te arrastarei.
Como a boa espera sua presa,
eu continuo a te esperar.
Meu coração galopa suavemente,
antevendo as delícias
que encontrarei
perdidas no teu seio
como água fresca
no vale das sombras da morte.
Teus passos se aproximam
e com eles tua carne
e teus prazeres...
Minha boca saliva,
com a sensação iminente
do tesouro maior.
Haverá luta, inútil,
prazeirosa como a caça,
Gritarás gritos surdos,
perdidos como teu desespero
enquanto me banqueteio
com o que sobrar do teu medo.
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