domingo, 15 de junho de 2008

Bate no peito antiga dor

Bate no peito antiga dor,
penas ancestrais, num repente
escoa a tarde, nostalgia cega,
sofro no peito saudade sem cor.

Jazem as mãos mudas cordas,
olhos sem sal, reflexo oco,
silencioso mistério, pôr-do-sol!

O corpo, sagrado monastério,
esconde o soluço cordial,
não mostra a cabeça o tormento.

Foge-me à razão estranha causa,
bate no peito, antiga dor.

Nenhum comentário: